IFT - Fundamentos da Realidade

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1. Substância e acidentes. Essência

1.1. Generos supremos do ser

1.1.1. Um gato felpudo cinza com olho azul, com cheiro de gato em cima de uma mesa

1.1.1.1. Os entes, são sujeitos

1.1.1.1.1. Classificados em 10 gêneros supremos: **Categoria** Substancias **Acidentes** (determinações da substancia)

1.2. Os conceitos darão maior nitidez para a realidade.

1.3. Livro porta de Entrada: As categorias (Aristóteles)

2. Essência de ato e ser

2.1. Todo ente é constituído pela ESSENCIA e ATO DE SER

2.1.1. A distinção entre essência e ato de ser é central para entender a metafísica. **A essência** de uma entidade diz respeito ao conjunto de atributos que define o que ela é, enquanto o ato de ser refere-se à concretude de sua existência no mundo. Esta distinção permite uma apreciação mais refinada da realidade, pois reconhece que conhecer o que uma coisa é difere de saber que ela existe. O realismo aristotélico e tomista defende que tanto a **essência** quanto o **ato de ser** são acessíveis ao conhecimento humano, contrapondo-se a perspectivas que veem a essência como inacessível ou meramente subjetiva.

2.1.1.1. Ato de ser

2.1.1.1.1. Faz com que o que o ente é, seja efetivamente. É o primeiro verbo que define o ente

2.1.1.2. Essência

2.1.1.2.1. Constitui a natureza fundamental de uma entidade, aquilo que ela é em sua constituição mais intrínseca, sem o qual não poderia ser identificada nem reconhecida

2.2. O Ente e a essência (Thomas de Aquino)

3. Conceitos básicos

3.1. Universais

3.1.1. Os universais são conceitos ou propriedades que podem ser atribuídos a muitos indivíduos diferentes. Eles abrangem gêneros (categorias amplas como “animal”) e espécies (categorias mais específicas como “homem”), que organizam os indivíduos em grupos baseados em características compartilhadas, permitindo o agrupamento de entidades similares sob um mesmo conceito abstrato.

3.2. Substâncias primeiras e substâncias segundas

3.2.1. As substâncias primeiras referem-se a indivíduos concretos e únicos, como um determinado homem ou cavalo. Estas são entidades que existem por si mesmas e são o suporte para a manifestação de acidentes (propriedades que podem variar sem alterar a essência da substância a que pertencem). As substâncias segundas, por outro lado, são classificações gerais ou categorias (gêneros e espécies) que abrangem múltiplos indivíduos que compartilham características comuns. Por exemplo, a categoria "homem" engloba todos os indivíduos humanos.

3.3. Gênero e Indivíduo

3.3.1. O gênero representa uma das camadas de classificação dos seres, situando-se acima da espécie e englobando um conjunto mais amplo de entidades com certas características em comum. O indivíduo, então, é a manifestação concreta e singular dessas categorias, possuindo uma essência única que o diferencia de todos os outros seres.

3.4. Substâncias e Acidentes

3.4.1. A distinção entre substâncias e acidentes é fundamental para entender como Aristóteles concebe a realidade. Enquanto as substâncias constituem o núcleo essencial e independente de um ser, os acidentes são propriedades que podem mudar sem que a essência do ser seja alterada. Essa distinção permite analisar as mudanças que os entes experimentam sem perder de vista sua continuidade e identidade. Aristóteles distingue nove tipos de acidentes, sendo os mais prementes a qualidade, a quantidade e a relação. Cada um desses acidentes descreve uma maneira pela qual as substâncias podem se manifestar ou ser afetadas, sem alterar o que essencialmente são. Por exemplo, a qualidade refere-se a características como cor e forma, enquanto a relação descreve como uma substância se posiciona em relação a outras.

4. **Ato e Potência**

4.1. Ato

4.1.1. Ato é o estado de ser de uma entidade tal como como as coisas existem efetivamente.

4.1.2. Ato Primeiro

4.1.3. Ato Segundo

4.2. Potência

4.2.1. Potência, por outro lado, denota a capacidade de uma entidade para se tornar algo diferente do que é no presente, indicando as possibilidades de ser que uma coisa pode alcançar no futuro.

4.2.2. Potência ativa

4.2.2.1. Capacidade de modificar outro

4.2.3. Potência passiva

4.2.3.1. Capacidade de ser modificado

4.3. **Movimento** é a passagem da potência para o ato.

4.3.1. Definição: Movimento é o ato de ente em potência, enquanto potência.

4.3.1.1. Todo movimento possui 03 passos

4.3.1.1.1. Potencia

4.3.1.1.2. Privação

4.3.1.1.3. Forma a ser alcançada

4.3.2. 06 Tipos de movimento

4.3.2.1. **Movimento Substancial:**

4.3.2.1.1. Refere-se à mudança no que diz respeito à substância de uma coisa, ou seja, a sua geração (nascimento) e corrupção (morte). É o tipo de movimento pelo qual algo vem a ser ou deixa de ser, implicando numa mudança na própria essência ou identidade do objeto.

4.3.2.2. Movimento Quantitativo:

4.3.2.2.1. Este movimento envolve uma mudança em quantidade, como o crescimento ou a diminuição. No contexto de um ser vivo, isso pode ser visto no processo de crescimento ou envelhecimento, onde a quantidade de matéria que compõe o ser muda ao longo do tempo.

4.3.2.3. Movimento Qualitativo:

4.3.2.3.1. Refere-se às mudanças nas qualidades de uma substância. Isso inclui alterações de cor, temperatura, saúde, e qualquer outra característica que possa mudar sem que a substância em si seja alterada ou destruída.

4.3.2.4. Movimento Local:

4.3.2.4.1. Talvez o mais intuitivamente compreendido, o movimento local é a mudança de lugar ou posição no espaço. É o movimento físico de um objeto de um lugar para outro.

4.3.2.5. Movimento Relativo à Posse ou Estado:

4.3.2.5.1. Embora menos comumente discutido, este tipo de movimento se refere a mudanças no estado ou posse, como adquirir ou perder habilidades, riqueza ou relacionamentos.

4.3.2.6. Movimento Relativo ao Agir e Ser Afetado:

4.3.2.6.1. Esta categoria cobre as mudanças que ocorrem quando uma substância age sobre outra ou é afetada por outra. Isso pode ser entendido em termos de causação, onde uma entidade causa mudanças em outra, ou é alterada por ações de outra entidade.