1. Tipos de polimorfismo
1.1. Cromossômico
1.1.1. É as diferentes formas que um mesmo cromossomo pode assumir dentro de uma mesma espécie, ou gênero. Alguns tipos de polimorfismo cromossômico são:
1.1.1.1. Pode variar em:
1.1.1.1.1. Número
1.1.1.1.2. Formato do cromossomo
1.1.2. O estudo do cariótipo é importante para isso, para saber mais, pode-se ler o artigo: Polimorfismo cromossômico em Capsicum chinense Jacq.
1.2. Morfológico
1.2.1. São diferentes formas que determinados indivíduos de uma mesma classificação podem assumir
1.2.1.1. Um exemplo claro seria a diferença entre as castas de abelhas, que por mais que pertençam a mesma espécie, possuem diferentes formas
1.2.1.2. Outra forma de polimorfismo morfológico, são características determinadas por um único alelo, e que podem ser utilizado para fins agronômicos
1.2.1.2.1. Um exemplo de uso de marcadores morfológicos para diferenciação de acessos de quiabeiro: Divergência genética em acessos de quiabeiro com base em marcadores morfológicos
1.3. De Proteínas
1.3.1. Proteínas são o resultado da expressão de determinado gene e podem apresentar polimorfismo, ou seja, diferentes formas de uma mesma proteína
1.3.1.1. Proteínas podem ser codificadas por um ou mais alelos e podem também ser influenciadas pela homozigose e heterozigose, havendo expressão de uma ou mais formas de uma mesma proteína.
1.3.1.1.1. O uso de marcadores isoenzimáticos e morfológicos para a caracterização de cultivares de soja é muito importante pela grande similaridade visual entre diversas cultivares. Esse assunto é abordado a fundo no seguinte artigo: Caracterização de cultivares de soja por descritores morfológicos e marcadores bioquímicos de proteínas e isoenzimas
1.4. De sequências (Genético
1.4.1. Outra forma de polimorfismo, é o polimorfismo das sequências de um mesmo alelo/região do DNA
1.4.1.1. Essa variação é de grande importância pra taxonomia.
1.4.1.1.1. A exemplo da taxonomia de procariotos, utiliza-se muito de técnicas moleculares para caracterização do polimorfismo de sequências de uma região especifica (16S rRNA), que codifica a subunidade menor do ribossomo
1.4.1.2. O polimorfismo de sequências podem ser:
1.4.1.2.1. Polimorfismo de tamanho da sequência
1.4.1.2.2. polimorfismo de bases nitrogenadas
1.4.1.3. Algumas técnicas moleculares para estudo do polimorfismo são:
1.4.1.3.1. RFLP
1.4.1.3.2. AFLP
1.4.1.3.3. RAPD
1.4.1.3.4. ARISA
1.4.1.3.5. Há muitos outros e variações de técnicas, como indicação para se aprofundar no assunto, indico a leitura do livro "Eletroforese e marcadores bioquímicos em plantas e microrganismos" e "Marcadores moleculares", ambos livros da editora UFV
2. Conceito
2.1. O termo polimorfismo é originário do grego e significa "muitas formas" (poli = muitas, morphos = formas)
2.2. Na biologia, é muito utilizado para tratar das várias formas que um mesmo composto pode possuir, como as diferentes sequências de um mesmo alelo, diferente estrutura/composição de uma mesma proteína etc...
3. Como ocorre?
3.1. O polimorfismo, seja morfológico, cromossômico, de proteínas, ou de sequências de DNA surge da diversificação natural dos organismos vivos
3.1.1. Seres vivos estão sujeitos à certos fenômenos que geram essa diversidade, sendo alguns deles:
3.1.1.1. Mutações
3.1.1.1.1. Naturalmente, o processo de cópia do material genético pode levar a alterações nas sequências de bases do DNA
3.1.1.2. Reprodução sexuada
3.1.1.2.1. A troca de material genético entre indivíduos é uma das formas mais comuns de variação genética
3.1.1.2.2. A Ocorrência do "Crossing over" na meiose é responsável pela indução à variabilidade
3.1.1.3. Estresses ambientais
3.1.1.3.1. Radiação , compostos químicos e estresse podem alterar a sequência do DNA ou induzir a produção de substâncias danosas à ele, levando a mudanças.