
1. -importantes atributos das rochas sedimentares; -podem se desenvolver antes, durante e depois da deposição.
2. Estruturas deposicionais de calcários -mais encontradas em calcários que em sedimentos siliciclásticos.
2.1. ESTRUTURAS DE CAVIDADE -foram/ ainda podem ser cavidades; -preenchidas após a deposição.
2.1.1. Estruturas geopetais -qualquer cavidade preenchida por sedimento e cimento; -indicador de topo e "nível de bolha"; -medidas podem indicar o mergulho deposicional.
2.1.2. Fenestra -estruturas cavitárias, geralmente preenchidas por espato; -ocorrem em calcários e dolomitos micríticos.
2.1.2.1. equidimensional a irregular (olho de pássaro): -poucos milímetros; -planície de maré. -keystone vugs ocorrem em rochas mais granulares, sedimentos de praia.
2.1.2.2. laminoide: -gretas planas paralelas à estratificação; -de poucos milímetros a vários centímetros.
2.1.2.3. tabular: -orientadas transversalmente ao acamamento; -espessura de poucos milímetros e comprimento de vários centímetros; -podem ramificar para baixo; -tubos ou radículas.
2.1.3. Cavidades estromatáticas -superfície basal lisa e teto irregular; -preenchida por cimento, geralmente calcita fibrosa isópaca seguida por drusas de calcita espática; -comuns em montículos de calcários lamosos.
2.1.4. Gretas planas e diques netunianos -paralelas ou transversas ao acamamento; -variam de tamanho; -preenchidos por sedimentos; -origem em movimentos tectônicos/ compactação e solidificação/ movimentos laterais ou encosta abaixo.
2.1.5. Cavidades cársticas e brechas cársticas -semelhantes a diques netunianos; -sistemas de cavernas/ canais verticais ou subverticais (marmitas); -flowstone (camadas de calcita fibrosa) podem revestir as paredes; -espeleotemas podem estar presentes; -podem ser posteriormente preenchidas por sedimentos; -brechas formam-se a partir do fraturamento do calcário e do colapso das cavernas; -brecha fissurada/ em mosaico=fábricas encaixadas que mostram pequenos deslocamentos dos clastos.
2.2. SUPERFÍCIES PALEOCÁRSTICAS -exposição subaérea e dissolução meteórica (carstificação), clima úmido; -topografia irregular, com marmitas e fendas de vários metros; -podem ocorrer crostas laminadas (calcário micrítico, origem pedogênica) sobre o topo da camada.
2.3. SUBSTRATOS ENDURECIDOS -calcários onde houve cimentação sinsedimentar; -incrustada e perfurada por organismos; -aspecto nodular; -podem encontrar-se impregnados de minerais de ferro e/ou fosfato; -não são tão comuns; -fornecem informações ambientais e diagenéticas.
2.4. ESTRUTURAS TEPEE -pseudoanticlinais; -indica exposição subaérea e diagênese marinha.
2.5. MICROBIALITOS -estruturas biogênicas; -variedade de formas de crescimento; -formam-se a partir de uma trama microbial.
2.5.1. Estromatólitos
2.5.1.1. laminitos microbiais: -forma plana; -lâminas habitualmente quebradas; -tepee podem estrar presentes; -típicos de calcários e dolomitos de planícies de maré.
2.5.1.2. estromatólitos dômicos: -lâminas contíguas de um domo a outro; -diâmetro de várias dezenas de centímetros ou mais.
2.5.1.3. estromatólitos colunares: -discretos; -locais de maior energia.
2.5.1.4. trombólitos: -não apresenta boa laminação; -texturas coaguladas/ peloidais/ pisolíticas.
2.5.2. Oncoides -esféricas a subesféricas, soltas; -laminação concêntrica.
2.5.3. Tufo algáceo -água doce e temperatura ambiente; -fontes e vertedouros; -depósito de calcita porosa, com folhas e plantas calcificadas; -ocorre relacionado a travertinos; -sínter=silicoso e relacionado a atividade vulcânica.
2.6. ESTRUTURAS SEDIEMNTARES INDUZIDAS POR AÇÃO MICROBIANA EM ARENITOS -bioestabilização de grãos de areia; -sem precipitação de carbonato; -marcas corrugadas, lâminas recumbente e redobradas, saliências e domos; -arenitos do Pré-Cambriano.
3. Estruturas sedimentares pós-deposicionais
3.1. ESCORREGAMENTOS, DESLIZAMENTOS e MEGABRECHAS -massa de sedimento transportada encosta abaixo; -deslizamento=pouca deformação interna; -megabrecha=blocos grandes; -escorregamento=internamente deformada; -possível medir a orientação dos eixos e planos das dobras dos escorregamentos para averiguar a direção.
3.2. ESTRATOS DEFORMADOS -acamamentos rompidos/ perturbados/ contorcido deformações menos regulares; -acamamento convoluto ocorre em sedimentos com laminação cruzada, assimétricas (inclinadas na direção da paleocorrente); -pode ocorrer brechação; -estratificação cruzada recumbente afeta a parte superior dos estratos cruzados e a inclinação é no sentido jusante; -decorrentes de processos diversos.
3.3. DIQUES e VULCÕES DE AREIA -estruturas raras, mas de fácil identificação; -diques=relações de seccionamento com o acamamento; -vulcões de areia=forma cônica com uma depressão central.
3.4. ESTRUTURAS EM PRATO e EM PRATO E PILAR -lâminas encurvadas com a concavidade para cima (pratos), separadas por zonas sem estrutura (pilar); -comuns em depósito de fluxo gravitacional; -encosta de águas profundas, leques, pavimentos de sopés.
3.5. ESTRUTURAS DE SOBRECARGA -afundamento de uma camada em outra; -marcas de sobrecarga=comuns em solas de arenitos sobrepostos a lamitos; -bulbos, estruturas arredondadas; -estrutura em bolas-e-almofadas=camada de lama fragmentada pela sobrecarga de arenito sotoposto.
3.6. NÓDULOS -concreções.
3.6.1. Nódulos diagenéticos -calcita, dolomita, siderita, pirita, colofano, quartzo e gipsita-anidrita; -podem ser dispersos ou concentrados; -desde esféricos a achatados e alongados; -podem nuclear-se ao redor de fósseis; alguns possuem gretas radiais preenchidas por minerais (septárias); -geodo=nódulo com buraco interno e crescimento de cristais; -estrutura cone-em-cone=composto de calcita, desenvolve-se em lamitos ricos em matéria orgânica.
3.6.2. Calcretes -desenvolvem-se dentro de solos de ambientes semiáridos quando a precipitação excede a evaporação; -encontrados em sucessões de camadas vermelhas; -cores esmaecidas de calcita, diâmetro de poucos a muitos centímetros; -de dispersos a pacotes fechados; -rizocencreção e rizólito=calcretes nucleados em torno de raízes; -duricrosta=quando o calcrete passa a ser a superfície do terreno (ferricrete/ silcrete); -calcrete/ crosta laminada=quando as lâminas possuem espessura irregular e resultam em variações de tamanho e cor dos cristais; -indicadores paleoclimáticos.
3.7. DISSOLUÇÃO POR PRESSÃO E COMPACTAÇÃO -produz uma variedade de superfícies de suaves a irregulares; -observados em calcários; -pode resultar em pseudoacamamento; -estilólitos=acamamento paralelo, argila concentrada ao longo dos níveis; -níveis de dissolução=ondulados/ ramificados/ anastomosados, ocorem individualmente ou em níveis; -brecha estilolítica=extrema pressão.
3.8. VEIOS, FILÉS e DISCONTINUIDADES (juntas e fraturas) -veios=compactação e soterramento, lamitos, compostos por gipsita fibrosa; -filés=folhas de calcita paralelas ao acamamento, relacionadas a estrutura cone-em-cone; -juntas e fraturas=esforços tectônicos.
3.9. DENDRITOS -padrão incomum em planos de acamamento; -precipitação de óxidos/hidróxidos de manganês e ferro; -pretos, parecem folhas fósseis.
4. Estruturas erosivas
4.1. TURBOGLIFOS: -assimétricos; -triangulares. -típicos de turbiditos arenosos; -ocorrem na contraparte de arenitos fluviais (leques de crevasse); -bases de arenitos e calcários (correntes de tempestade). -indicadores confiáveis de paleocorrentes.
4.2. CONTRAMARCAS DE SULCOS: -cristas contínuas; -cristas descontínuas. -comuns na superfície inferior de turbiditos; -podem ocorrer em arenitos fluviais e arenitos/calcários (tempestades) = contramarcas de calha. -indicadores de paleocorrente.
4.3. MARCAS DE OBJETOS: -marcas de instrumento: -clastos de lama, seixos, fósseis e detritos vegetais. -vistas na solas das camadas de arenitos e calcários; comuns nas bases de camadas de turbiditos.
4.3.1. de espeto
4.3.2. de rolamento
4.3.3. de pincel
4.3.4. ricochete
4.3.5. saltar
4.4. MARCAS DE ESCAVAÇÃO (1) e SUPERFÍCIES DE EROSÃO (2) 1-estruturas com menos de um metro de extensão; 1-corta para baixo vários centímetros; 1-ocorre sobre a base ou dentro da camada; 1-gradam para canais (tamanho). 2-Feições típicas: corte de sedimentos subjacentes; 2-truncamento de lâminas subjacentes; 2-sedimentos mais grossos sobrepondo a superfície de corte; 2-superfícies bem-definidas/ irregulares com relevo/ suaves. -formam-se durante um único evento erosivo.
4.5. CANAIS -variam de metros a quilômetros; -relações de corte-truncamento com os sedimentos subjacentes; -comumente preenchidos por sedimentos mais grossos; -arenitos com estratificação cruzada preenchem muitos canais; -o preenchimento pode sobrepor-se em ângulo com as superfícies laterais; -o preenchimento pode ser granodecrescente; -canais fluviais, deltaicos e de maré podem apresentar acreção lateral (migração lateral); -medir a estrutura do canal = indica inclinação da paleoencosta.
5. Estruturas deposicionais
5.1. ACAMAMENTO e LAMINAÇÃO
5.1.1. Acamamento -maior que 1 centímetro; -definido por mudanças no tamanho do grão/ na cor/ na mineralogia-composição; -limites das camadas podem ser definidos/ suaves/ irregulares/ gradativos; -superfícies podem ser suaves/ onduladas/ com marcas de onda/ suturadas = representam paradas longas ou curtas na sedimentação; -em calcários podem ser superfícies paleocársticas ou substratos endurecidos/ podem ser influenciados pela pressão de dissolução (observar a continuidade lateral); _os contatos podem ser deformados por compactação/ sobrecarga/ movimentos tectônicos/ deslizamentos.
5.1.2. Espessura das camadas -parâmetro importante a ser medido; -turbiditos e tempestitos = camada decrescente corrente abaixo; -decréscimo ou acréscimo na espessura da camada para o topo = gradual mudança de fatores controladores da deposição; -em conglomerados pode haver relação entre a espessura da cama da e o tamanho do grão.
5.1.3. Laminação paralela/horizontal e acamamento plano -menor que 1 cm (laminação); -se formada pela deposição de material em suspensão, ocorre em lamitos, arenitos finos e calcários; -se ritmicamente depositadas, as lâminas apresentam gradação e espessura de poucos milímetros; -pode ser produzida por precipitação mineral e deposição de matéria orgânica; -ambientes de pouca energia.
5.1.3.1. laminação da fase de acamamento plano de fluxo superior: -ocorre predominantemente em arenitos e calcários; -lâminas com vários milímetros de espessura; -evidenciam-se por mudanças sutis no tamanho do grão; -caracterizada pela lineação de partição/ lineação de corrente primária = indica a direção da paleocorrente.
5.1.3.2. laminação de fase de acamamento plano de fluxo inferior: -ocorre em sedimento mais grosso que 0,6 mm; -ocorre em arenitos e calcários grossos.
5.2. MARCAS DE ONDAS, DUNAS e ONDAS DE AREIA -comuns em sedimento tamanho areia; -a migração produz vários tipos de estratificação cruzada; -produzidas por água/ vento.
5.2.1. Marcas de onda formadas pela ação de ondas -sedimentos não coesos de tamanho silte médio a areia grossa; -simétricas ou assimétricas (variação na força da água para uma direção); -cristas retas e normalmente bifurcadas; -comprimentos de onda maiores = sedimentos mais grosso e águas mais profundas; -marcas onduladas de interferência/ ondulação em degraus de dorso = mudança na direção do movimento da água (planícies de maré/ águas rasas).
5.2.2. Marcas onduladas de corrente, dunas e ondas de areia
5.2.2.1. marcas onduladas de corrente: -assimétricas; -crista reta/ sinuosa ou ondulada/ linguoide (transição de uma para outra indica aumento de velocidade); -lunadas são raras; -sedimento até 0,6 mm.
5.2.2.2. dunas e ondas de areia: -dunas subaquáticas=megaondulações; -ondas de areia=barras de areia; -formas de maior porte; -de difícil preservação, produz estratificação cruzada muito comum; -dunas apresentam comprimento de onda de até mais de 10 m e altura maior que 0,5 m; -forma da duna varia de crista reta a lunada, com o aumento da velocidade de fluxo; -barras de areia são maiores que dunas; -ocorrem em rios e plataformas marinhas rasas.
5.2.3. Marcas de onda e dunas eólicas -assimétricas; -cristas paralelas e retas com bifurcação; -raramente se preservam, mas a estratificação cruzada é característica de arenitos desérticos; -barcanas (lunadas) e seifs (alongadas) são as mais comuns.
5.3. Acamamento flaser, lenticular e ondulado -comuns em planícies de maré e frentes deltaicas; fácies heterolíticas.
5.3.1. flaser: -a areia com laminação cruzada contém películas de lama.
5.3.2. ondulado (wavy): -arenitos com laminação cruzada de marcas de onda alternam-se com lamitos.
5.4. ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA -estrutura sedimentar interna; -sedimento tamanho areia e mais grossos; -resulta principalmente da migração de ondas/ dunas/ marcas onduladas; -escala sísmica=clinoforma; -permite análise de paleocorrente.
5.4.1. Laminação cruzada (1) e estratificação cruzada (2) -podem apresentar-se num único conjunto (set) ou em vários (coset); 1-altura do set menor que 6 cm e lâmina de poucos milímetros; 2- set maior que 6 cm e estrato cruzado individual de muitos milímetros a centímetros.
5.4.1.1. Forma dos estratos cruzados -suítes de estratos frontais=mergulho mais acentuado; -suítes de estratos basais=mergulho menos acentuado; -superfície de contato superior=geralmente erosiva; -superfícies de reativação; -superfícies principais=acamamento lateralmente extenso (significado ambiental); -estratos cruzados tabulares=limites planos entre suítes; -estratos cruzados acanalados=limites entre suítes em forma de colher, produzidos por formas de leito de cristas encurvadas; -estratificação cruzada tabular e em cunha=contato de angular a tangencial com a superfície basal da suíte, produzidos por formas de leito de crista reta; -laminação cruzada tabular=marcas onduladas de crista reta; -laminação cruzada acanalada=marcas onduladas linguoides.
5.4.2. Seleção de grãos em estratos cruzados e em tipos diferentes de estratos cruzados -estratos de fluxo de grãos=boa seleção e gradação inversa; -estratos de tração=gradação normal; -estratos de queda de grãos=alternância entre grãos mais grossos (avalanches) e grãos mais finos (suspensão); -suíte basal pode ser mais escura pela presença de argila e matéria orgânica.
5.4.3. Laminação cruzada de marca de ondulação cavalgante -ondulações migrando e muito sedimento sendo depositado.
5.4.4. Laminação cruzada formada por onda -lâminas não concordantes com o perfil das marcas onduladas=formas discordantes (superposição empacotada); -limites ondulados e irregulares com as suítes inferiores (superposição em chevron); -películas das lâminas da suíte frontal (laminação cruzada unidirecional).
5.4.5. Superfícies de reativação -ocorrem no interior de suítes de estratos cruzados; -representam mudanças de curta duração nas condições de fluxo; -podem ocorrer em depósitos de areia de maré, fluviais e eólicas.
5.4.5.1. lenticular: -quando a lama domina e a areia com laminação cruzada ocorre em lentes.
5.4.6. Estratificação cruzada de maré -arenitos de maré são maduros-supermaduros; -podem apresentar depósitos delgados de seixos/ lentes conglomeráticas/ fósseis/ icnofósseis.
5.4.6.1. estratificação cruzada espinha de peixe: -bipolar; -produzida por reversão da corrente.
5.4.6.2. películas de lama: -pode ocorrer associada a estratificação cruzada unidirecional; -produzidas por águas estacionárias durante a reversão da corrente de maré.
5.4.6.3. pacotes de maré: -padrão regular de variação da espessura do estrato e do tamanho de grão; -alternância da força das correntes de maré ao longo de um ciclo lunar;
5.4.7. estratificação cruzada côncavo-ondulada (ECO): -estratificação cruzada swaley (ECS); -amplas lâminas com concavidade para cima; -laminação paralela/estratificação tabular com lineação de partição; -áreas de mais alta energia.
5.4.8. Estratificações de tempestade
5.4.8.1. estratificação cruzada monticulada (ECM): -estratificação cruzada hummocky (ECH); -tamanho areia; -laminação cruzada de baixo ângulo, parte convexa para o topo e côncava para a base; -espaçamento das ondulações de várias dezenas de centímetros a um metro ou mais.
5.4.8.2. tempestitos: -camadas de arenito/calcário com ECH e ECS; -bases bem definidas; -camadas com gradação e laminação cruzada, intercaladas com lamitos; -algumas acumulações de fósseis.
5.4.9. Estratificação cruzada de praia -estratificação cruzada plana de ângulo muito baixo e suítes truncadas; -as camadas podem mostrar gradação inversa; -estruturas de canal raso podem estar presentes; -podem ocorrer lentes de areia com laminação cruzada; -arenitos de praia tipicamente quartizíticos com grãos bem-selecionados e arredondados; -possíveis escavações, fósseis e níveis de minerais pesados; -possíveis lentes e camadas de conglomerado com seixos bem-selecionados e arredondados, com imbricação.
5.4.10. Estratificação cruzada eólica -suítes muito espessas (acima de 30m); -estratos de forma acanalada, plana e bases tangenciais; -ângulo de mergulho acima de 30º; -superfícies erosivas internas; -ocorrência de laminação em arame estirado (migração de marcas onduladas pelo vento); -quartzo-arenitos em tamanho areia média, bem-selecionados e bem-arredondados, micas ausentes; -eolianitos (calcários eólicos de material bioclástico tamanho areia).
5.4.11. Superfícies de acreção lateral (estratificação cruzada épsilon) -arenitos de canais; -estratificação de baixo ângulo e grande porte, orientada transversalmente à estratificação cruzada de porte médio/menor; -as superfícies cortam através da unidade em baixo ângulo e tornam-se assintóticas em direção à base do canal; -rios meandrantes, canais distributários de deltas e planície de maré.
5.4.12. Estratificação cruzada de pequeno leque deltaico: -lagos e lagunas, margem (tipo Gilbert); -de poucos (<10m) até centenas de metros= profundidade da água; -com ângulo muito alto=clinoforma; -suítes estratais de topo (areia, lentes de cascalho) e base (silte e argila) bem desenvolvidas.
5.4.13. Estratificação cruzada de porte muito grande e clinoformas -altos penhascos na costa, áreas montanhosas, plataformas carbonáticas, adjacentes a recifes; -ângulo de mergulho de poucos graus a 30°.
5.4.14. Estratificação cruzada de antiduna -estrutura rara indicativa de altas velocidades da corrente em regime de fluxo superior; -podem ser observadas em praias modernas, na zona de retorno da onda e em rios; -apresenta sentido corrente acima; -apresente ângulo de mergulho menor e é menos definida que aquelas formadas por dunas subaquáticas.
5.4.15. Estratificação cruzada em conglomerados -comum em suites simples, varia até 2m; -estratificações cruzadas planas e de baixo ângulo, geralmente; -comum em depósitos conglomeráticos de ambientes fluviais.
5.5. CAMADAS COM GRADAÇÃO -camadas com mudanças do tamanho de grão da base para o topo.
5.5.1. Estratificação gradacional normal: -partículas mais grossas para mais finas, da base para o topo; -deposição a partir da diminuição dos fluxos; -correntes turbidíticas e de tempestade.
5.5.2. Estratificação gradacional composta/ múltipla: -quando existem várias unidades gradacionais dentro de uma camada.
5.5.3. Estratificação gradacional inversa/ reversa: -o tamanho do grão aumenta para o topo; -ocorre mais comumente em alguns centímetros da base e é sobreposta pela gradação normal; -deposição a partir do aumento da força dos fluxos/ flutuação e dispersão dos grãos/ fluxo de gravidade.
5.6. CAMADAS MACIÇAS -não possuem estrutura interna evidente; -pode indicar bioturbação, recristalização, dolomitização, perda de água; -sedimentação rápida; -correntes turbidíticas, fluxo de grãos e de detritos, fluviais.
5.7. GRETAS DE CONTRAÇÃO e ESTRUTURAS POLIGONAIS -lamitos e lamitos calcários; -exposição e dessecamento; -padrão poligonal (gretas de dessecação), sedimentos marinhos e lacustres, planícies de inundação, exposição subaérea; -perda de água do sedimento por mudança na salinidade (greta de sinérese, dente molar-lamitos calcários e dolomitos), depósitos lacustres sublitorâneos rasos; -são geralmente preenchidas por sedimentos mais grossos; -gretas poligonais=sedimentos carbonáticos quanto do início da cimentação.
5.8. PINGOS DE CHUVA -playa de deserto e lagos costeiros; -pequenas depressões com bordas; -sedimentos de grão fino.
6. Estruturas sedimentares biogênicas -formadas por atividades de animais/ plantas; -muito variadas.
6.1. BIOTURBAÇÃO -perturbação do sedimento; -icnofábrica=textura produzida, varia de tubos biogênicos discretos a total perda da estrutura deposicional; -pseudo brecha=produzida por escavação; -mosqueamento por tubos biogênicos.
6.2. TRAÇOS FÓSSEIS -registro da atividade de animais em sedimentos inconsolidados; -pistas e pegadas de locomoção; -trilhas de pastio; -traços de repouso; -escavações de alimentação; -escavações de moradia; -perfuração, feitas em rochas; -pistas, trilhas e traços ocorrem sobre a superfície da camada.
6.2.1. Uso dos traços fósseis nos estudos sedimentares -interpretação ambiental; -taxa de sedimentação; -informações sobre coesão sedimentar; -orientações preferenciais.
6.3. CAMADAS COM RADÍCULAS -sistemas de raízes rompem a estrutura dos estratos de modo semelhante aos animais que escavam; -verticalmente/ horizontalmente/ livremente; -raízes encontram-se comumente carbonizadas=traços pretos; -rizoconcreções=raízes cobertas com calcrete.
7. Geometrias do corpo sedimentar
7.1. TABULAR -lateralmente extensiva.
7.2. EM FORMA DE CUNHA -não persistente, com superfícies de contatos planos.
7.3. LENTICULAR -uma ou ambas as superfícies de contato encurvada.
7.4. LENÇOL -razão 1:1 entre comprimento e largura; -cobre de poucos a milhares de quilômetros.
7.5. LINEARES -alongados; -não ramificados.
7.6. DENDROIDE -ramificados.
7.7. CINTURÃO -composto.
7.8. LENTES e MANCHAS -paralelos à linha de costa e em calcários recifais.
7.9. LEQUES, CUNHAS e FALDAS -depositados em sopés de um talude.
7.10. Fácies -definidas com base na características litológicas, texturais, estruturais e paleontológicas das rochas; -apresentam variações verticais e laterais de uma sucessão sedimentar; -refletem condições ambientais de sedimentação.
8. Relações estratigráficas -estudo de seções sísmicas; -lapout=sobreposições de longo alcance.
8.1. TERMINAÇÕES ESTRATAIS DE LONGO ALCANCE E TRUNCAMENTOS -reporta-se às mudanças do nível do mar relativo e do espaço de acomodação; -reveladas por estudos estratigráficos regionais e mapeamento.
8.1.1. Onlap -unidade sedimentar sobre ou contra a outra.
8.1.2. Downlap -superfícies que mergulham.
8.1.3. Offlap -sedimentos superpõem-se em direção à bacia.
8.1.4. Toplap -quando a inclinação da camada paraleliza-se em direção à margem; -típica de uma regressão normal.
8.1.5. Superfície de truncamento -ocorre quando os estratos estão cortados sob um proeminente plano de acamamento.