Anatomia de Caule

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Anatomia de Caule por Mind Map: Anatomia de Caule

1. Caule

1.1. O caule desenvolve-se a partir do epicótilo (região localizada acima do cotilédone).

1.2. O caule é o órgão da planta que sustenta as folhas e as estruturas de reprodução e estabelece o contato entre esses órgãos e as raízes.

1.3. Exatamente acima do ponto de inserção de cada folha desenvolvem- se gemas.

1.4. Na porção terminal do caule (ponta da planta) encontram-se a gema apical , formada por uma região meristemática, primórdios foliares e gemas axilares em desenvolvimento.

2. Meristemas apicais e laterais

2.1. O meristema apical caulinar da maioria das angiospermas apresenta na sua porção distal o promeristema, organizado em duas regiões: a túnica e o corpo.

2.1.1. A túnica, que varia em espessura, representa as camadas celulares mais externas.

2.1.2. O corpo ocupa uma posição interna e adjacente à túnica.

2.2. A gema apical, além de contribuir para o crescimento em comprimento do caule, origina os primórdios foliares e as gemas axilares, que aparecem na axila de cada folha.

2.2.1. As gemas axilares são caules em miniatura com um meristema apical dormente e várias folhas jovens.

2.2.2. Podem ser vegetativas, quando se desenvolvem em ramos caulinares ou florais, quando se desenvolvem numa flor ou num grupo de flores.

2.2.3. Em alguns caules, as gemas axilares se modificam para formar espinhos ou gavinhas.

3. Estrutura primária

3.1. No corte transversal de caule pode-se observar quatro regiões de fora para dentro: sistema de revestimento (epiderme), córtex, sistema vascular e medula.

3.1.1. Epiderme

3.1.1.1. A epiderme é originada da protoderme, geralmente tem uma camada, recoberto por cutícula, e pode apresentar estômatos e tricomas, como a epiderme foliar, principalmente nos caules tipo Haste.

3.1.2. Córtex

3.1.2.1. Internamente à epiderme encontra-se o córtex, que se origina do meristema fundamental, A camada mais interna do córtex é a endoderme e a mais externa a exoderme.

3.1.2.1.1. Na maioria das plantas, a região cortical é homogênea e composta apenas por tecido parenquimático fotossintetizante.

3.1.2.1.2. Às vezes, camadas subepidérmicas diferenciam-se em colênquima ou esclerênquima, como tecidos de sustentação.

3.1.2.1.3. Em algumas espécies, o córtex caulinar possui células especializadas secretoras de látex, mucilagem ou resina.

3.1.2.1.4. Algumas células corticais podem ainda conter cristais de oxalato de cálcio ou depósitos de sílica.

3.1.3. Sistema vascular

3.1.3.1. Internamente à endoderme do córtex encontra-se o periciclo, que representa a camada periférica do sistema vascular e tem origem no procâmbio.

3.1.3.1.1. O periciclo pouco diferenciado morfologicamente, possui alta capacidade de divisão celular, pode originar as raízes adventícias formadas a partir do caule.

3.1.3.1.2. O sistema vascular primário origina-se do procâmbio

3.1.4. Medula

3.1.4.1. Internamente ao sistema vascular, na região central do caule encontra-se a medula, que é formada por tecido parenquimático.

3.1.4.1.1. Nas eudicotiledôneas, onde o centro do órgão é preenchido por uma medula parenquimática dos feixes vasculares que se dispõem num cilindro ou anel concêntrico, é chamado de eustelo.

3.1.4.1.2. Nos caules das monocotiledôneas, o sistema vascular primário é formado por feixes de xilema e floema que é dispersas de forma aleatória pelo tecido parenquimático, formando um atactostelo.

4. Estrutura secundária

4.1. A estrutura secundária do caule é formada pela atividade do câmbio que origina os tecidos vasculares secundários, e do felogênio que dá origem ao revestimento secundário, a periderme.

4.1.1. O desenvolvimento da estrutura secundária.

4.1.1.1. Câmbio e felogênio

4.2. A epiderme é substituída pela periderme, que se forma a partir do felogênio.

4.2.1. O córtex normalmente é espremido pelo crescimento e é reduzido.

4.3. Alguns caules, como os cipós apresentam crescimento secundário que se difere.

4.3.1. Este crescimento resulta numa grande produção de parênquima, o que garante a flexibilidade necessária ao enrolamento, em busca de luminosidade adequada.

4.4. O caule da maioria das monocotiledôneas não apresenta crescimento secundário, mas algumas espécies desenvolvem caules espessos em consequência da formação de um meristema de espessamento secundário.

4.4.1. Este meristema origina-se do parênquima externo aos pericíclico, ou pode ser contínuo ao meristema de espessamento primário