1. Denominamos movimentos de cultura e educação popular os projetos/ programas de educação não-formal
2. ONG, ONG "militante" e centro de educação popular.
2.1. Mobilização em torno de um projeto nacional para o Brasil enraizado na discussão sobre as reformas de base (JK).
2.1.1. Três orientações políticas confrontando-se no debate sobre as reformas: “radical”; “modernização conservadora” ou “nacional-reformista”; e “anti-reformismo”.
2.1.2. Contradição entre financiamentos provenientes de organismos e governos conservadores para entidades ou movimentos populares que lutam pela alteração da ordem vigente acompanha a construção do campo da educação popular no Brasil.
2.1.3. Um projeto de educação que vá além do sistema: Educação-Evasão-Exclusão.
3. Com financiamento da Aliança para o Progresso, Paulo Freire alunos do projeto de extensão da Federal de Pernambuco experimentaram uma nova metodologia de alfabetização, conhecida como sistema Paulo Freire em Angicos
3.1. Um ano depois o financiamento é cancelado por seu caráter "subversívo"
4. Região Nordeste: Berço do Movimento de Cultura Popular, Movimento Educação de Base, De Pés no chão Também se Aprende a Ler, Sistema Paulo Freire e etc
4.1. Jango organizava uma campanha nacional a partir da experiência de Angicos tendo Paulo Freire como coordenador.
4.2. Marcos históricos
4.2.1. Apartir da segunda metade da década de 70, a igreja católica muda sua postura e inicia o movimento "democracia cristã".
4.2.1.1. A Igreja Católica desenvolveria cursos de alfabetização e educação de base através das emissoras católicas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte do país
4.2.2. Anos 1970: Surgem as "Assembleias indigenas" em 1972 a CIMI (Conselho indigenista Missionário), em 1982 nasce a União das Nações Indígenas (UNI)
5. CPC, ao contrário dos demais movimentos de cultura e educação popular, surgiu na região Sudeste. Aldo Arantes integrante da JUC eleito presidente da UNE em 1961, incorporou à UNE volante um grupo de jovens integrantes do CPC que buscava ampliar os debates nacionais no meio universitário através de peças e encenações teatrais.
5.1. Foi no ISEB, em uma palestra de Paulo Freire, que artistas do teatro de Arena tomaram conhecimento da experiência recifense do MCP. A partir daí elaboraram sua própria proposta político-pedagógica, o Centro Popular de Cultura promovido pela União Nacional dos Estudantes.
5.1.1. Foi organizada na cidade de Santo André, ABC paulista. Vinculado politicamente ao sindicato dos metalúrgicos de Santo André dirigido pelo Partido Comunista Brasileiro, o CPC do município foi construído a partir de uma base Operária. Os operários, sindicato e PCB participaram do centro escrevendo e encenando peças teatrais e organizando cursos de formação política que renovaram o próprio partido.
6. Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, também conhecido pela sigla PAIGC, foi o movimento que organizou a luta pela independência da Guiné Portuguesa (Guiné-Bissau) e de Cabo Verde, que eram colónias de Portugal.
6.1. Cabral combinava a luta armada com a educação política das massas. Nas zonas libertadas da Guiné-Bissau, o PAIGC organizava escolas, serviços de saúde e cooperativas agrícolas, mostrando que a revolução não era apenas um momento de ruptura, mas um processo contínuo de transformação social.
6.2. No livros alguns princípios do partido de Amílcar Cabral, ao abordar a realidade geográfica de Cabo Verde e Guiné-Bissau. Cabral (1974) reflete sobre as diferenças geográficas dos dois países, sendo Cabo Verde um país montanhoso com 10 ilhas e Bissau, pelo contrário, não possui montanhas ou elevações. Tais diferenças levam Cabral a supor maior facilidade da atuação de uma guerrilha nas regiões montanhosas.
6.3. Educação não é um banco de dados e sim, uma série de envolvimentos de educam e politizam as pessoas, co-relação "EDUCAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO"
6.3.1. Cultura popular ganhou três sentidos prioritários:
6.3.1.1. Expressão do processo de conscientização.
6.3.1.2. Consciência revolucionária.
6.3.1.2.1. Para este último, o sentido é de anti-povo; e tudo aquilo que era genuinamente nacional. A cultura popular como destinada às classes populares é consenso entre os movimentos de cultura e educação popular. O dissenso aparece em relação ao lugar que essas ocupam na produção cultural, sobretudo o lugar da arte produzida pelas classes populares
6.3.1.3. Tudo aquilo que vinha do povo ou para o povo
7. Os grupos populares inventaram alguns conceitos como: A) Educação bancária", B) Resistência cultural", C) "Ação Cultural, D) "Educação conscientizadora".
8. polarização ideológica na produção, circulação e consumo cultural
9. Educação Popular é um conjunto de ferramentas que permitem aos grupos populares refletirem sua prática de luta, compreender sua classe e buscar os avanços organizativos necessários à libertação. Educação Popular e Formação, CPT, década de 1980.
9.1. Fundação do Partido dos Trabalhadores e o surgimento de centros de assessoria em educação popular décadas de 70 e 80.
9.2. Escolinhas e acampamentos escolares, bibliotecas móveis; praças de cultura; teatro e festivais populares; círculos de discussão entre pais e professores; um centro de formação de professores e cooperativas populares em torno do tema De pés no chão também se aprende uma profissão
9.3. Popularizar significava incorporar operários e camponeses como produtores de cultura e ter como público fundamental as classes populares no lugar dos universitários.
9.3.1. No I encontro de alfabetização e cultura popular (...) o trabalho de cultura popular é o trabalho de todos que desejam a desalienação da cultura e conseqüentemente a emancipação nacional
10. É a mobilização, organização e capacitação das classes populares.
10.1. Existia a necessidade de educação, dessa população depois do êxodo rural, da década de 70 a escola não deu conta de formar essas pessoas.
11. Primeiro repertório: surgido na primeira metade da década de 1960. Documentos produzidos pelos movimentos sobre o debate sobre o nacionalismo ou a “consciência nacional”.
11.1. O segundo repertório vigente entre as décadas de 1970 e 1980 é expressão da relação orgânica entre educação popular, movimentos populares e Comunidades Eclesiais de Base.
11.1.1. A distinção entre alfabetização, educação de base e cultura popular.
11.1.1.1. As duas primeiras teriam maior aproximação entre si, pois vinculadas a transmissão do saber e a busca do progresso no Brasil e na América Latina
11.1.1.2. A cultura popular seria articulada no meio acadêmico e busca por canais de concretização através de práticas com as camadas populares. A cultura popular capaz de sistematizar um horizonte mais amplo e coerente sobre questões nacionais influenciando o discurso das demais dimensões.
11.1.1.3. Há distinção entre a alfabetização, trabalho de base e cultura popular, apenas como práticas com ênfases educativas distintas, realizadas, na maior parte dos casos, conjuntamente pelos movimentos
11.2. A resistência indígena na América Latina: Movimentos dos Cocaleiros na Bolívia, Zapatistas no México, a Universidade Intercultural dos Povos e Nacionalidades Indígenas no Equador, vem pautando a necessidade de se construir uma nova epistemologia que incorpore uma cosmovisão distinta da ocidental
12. Em 1961 Governo do EUA (JK) lança "aliança para o progresso" 10 pontos de desenvolvimento o centro de intervenção era o nordeste brasileiro
12.1. 2 anos depois o programa é cancelado por ser "subversivo"
13. No que concerne à política de revitalização linguística chamado de Retomada da língua Tupi, que se iniciou em 2000, quando o Povo Potiguara demandou à Secretaria de Educação Escolar Indígena da Paraíba a formação de professores na língua Tupi
14. O Caráter educativo do movimento indígena
14.1. A história oficial do Brasil molda uma unidade nacional apenas brasileiros, os movimentos populares forçaram a reescrita da história nacional e acolhendo os primeiros habitantes de pindorama.
15. Os movimentos de cultura e educação popular receberam verbas públicas para organização e execução dos trabalhos.
15.1. É o caso do MEB que em 1961 entrou em vigor a partir de um decreto que destinava dinheiro público alocado no Ministério de Educação e Cultura. O programa seria executo pela CNBB através das paróquias e episcopados das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste.
15.1.1. Campanha De Pés no Chão Também Se Aprende a Ler, recurso proveniente da prefeitura municipal de Natal durante a gestão de Djalma Maranhão.
15.1.1.1. O sistema Paulo Freire, também teve suas atividades em Angicos custeadas pelo dinheiro da Aliança para o Progresso através do estado do Rio Grande Norte.
15.1.1.1.1. O Movimento de Cultura Popular no estado de Pernambuco, centrado no Recife e arredores, também recebeu verba pública da administração de Miguel Arraes.