1. 1. Principais Eventos
1.1. Rompimento de barragens: Mariana (2015) e Brumadinho (2019)
1.1.1. Mariana (Fundão):
1.1.1.1. Maior desastre ambiental do Brasil até então. O rompimento liberou 43 milhões de m³ de rejeitos, devastando o Rio Doce e causando 19 mortes.
1.1.1.2. Consequências: impacto em 663 km de rios, perda de biodiversidade, e graves problemas de saúde pública (doenças respiratórias e de pele em populações ribeirinhas).
1.1.1.3. Responsabilidades: Mineradora Samarco (Vale + BHP Billiton). Houve punições, mas a recuperação ambiental ainda é lenta e limitada.
1.1.2. https://www.youtube.com/watch?v=T5l0WzkPJ4E
1.1.3. Brumadinho (Córrego do Feijão):
1.1.3.1. Tragédia humanitária e ambiental: 270 mortos e 11 desaparecidos. Rejeitos invadiram vilarejos e atingiram o Rio Paraopeba, com alto teor de metais pesados.
1.1.3.2. Multas e ações judiciais superam bilhões de reais, mas muitas vítimas não foram indenizadas de forma justa até hoje.
1.1.4. https://www.youtube.com/watch?v=t2iW8bbLsJE
1.2. Desastres Naturais (Inundações e Secas)
1.2.1. Enchentes em Petrópolis (2022):
1.2.1.1. Chuva de mais de 530 mm em 24 horas causou deslizamentos de terra. Foram mais de 230 mortes e prejuízos na infraestrutura urbana.
1.2.1.1.1. Dois anos depois, Petrópolis ainda se recupera dos impactos da tragédia de 15 de fevereiro Desastre, considerado o maior da história da cidade, deixou 235 mortos e dois desaparecidos. Cerca de 3 mil pessoas seguem no aluguel social. Sobre as obras, 115 foram concluídas, 50 estão em andamento e 26 em fase de licitação. https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2024/02/15/dois- anos-depois-petropolis-ainda-se-recupera-dos-impactos-da-tragedia-de-15-de-fevereiro.ghtml
1.2.1.2. Problemas urbanos: falta de planejamento, ocupação de encostas e falta de sistemas eficientes de drenagem.
1.2.2. Seca no Nordeste:
1.2.2.1. Agravada pelo fenômeno El Niño, afeta milhões de pessoas desde o século XX. Impacta agricultura, pecuária e abastecimento de água.
1.2.2.2. Políticas como a transposição do Rio São Francisco tentam mitigar efeitos, mas enfrentam críticas quanto à eficiência.
1.2.3. Enchentes no RS (2024)
1.2.3.1. Em várias cidades, no período entre 27 de abril e 2 de maio, chegou a chover de 500 a 700 mm, correspondendo a um terço da média histórica de precipitação para todo um ano, e em muitas outras a precipitação ficou entre 300 e 400 mm entre 3 e 5 de maio. Dados do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostram que as chuvas de maio levaram mais de 14 trilhões de litros de água para o lago Guaíba, volume que equivale a quase metade do reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A precipitação excessiva afetou mais de 60% do território estadual.
1.2.3.1.1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Enchentes_no_Rio_Grande_do_Sul_em_2024#/media/Ficheiro:05.05.2024_- _Sobrevoo_das_%C3%A1reas_afetadas_pelas_chuvas_em_Canoas_-_53700500641.jpg
1.3. Queimadas e Desmatamento
1.3.1. Amazônia (2019-2022):
1.3.1.1. Recorde de focos de incêndio, com 226 mil em 2020. Impactos incluem aumento da emissão de CO₂ e destruição de habitats.
1.3.1.2. Fatores agravantes: avanço do agronegócio e enfraquecimento de órgãos como IBAMA e ICMBio.
1.4. Outros Desastres Relevantes
1.4.1. Vazamento de óleo no Nordeste (2019): manchas de petróleo cru apareceram em mais de 100 praias, impactando ecossistemas marinhos e pescadores locais.
2. 3. Legislação e Resposta Governamental
2.1. Leis Importantes
2.1.1. Política Nacional de Recursos Hídricos (1997)
2.1.1.1. Garante gestão sustentável da água e proteção contra desastres relacionados a recursos hídricos.
2.1.1.1.1. Fontes
2.2. Lei de Crimes Ambientais Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
2.2.1. Estabelece punições para crimes como desmatamento e poluição.
2.3. Lei de Segurança de Barragens (2010) Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010
2.3.1. Regula a construção e operação de barragens, mas falta fiscalização e aplicação prática.
2.4. Órgãos e Programas
2.4.1. IBAMA e ICMBio
2.4.1.1. Fiscalizam atividades em biomas protegidos, mas enfrentam cortes de orçamento.
2.5. Planos de Adaptação
2.5.1. Nacionalmente, há programas para mitigação de riscos climáticos, como o "Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas".
3. Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA - Campus Bagé Curso: Engenharia de Produção Componente: Gestão Ambiental e Sustentabilidade
4. 2. Causas e Efeitos dos Desastres Ambientais
4.1. Causas Principais
4.1.1. Mudanças Climáticas
4.1.1.1. Elevação global da temperatura intensifica fenômenos como secas, inundações e furacões.
4.1.2. Brasil enfrenta alterações no regime de chuvas, impactando biomas como Amazônia e Pantanal.
4.1.3. Atividades Humanas
4.1.3.1. Desmatamento:
4.1.3.1.1. Principalmente no Cerrado e Amazônia, para expansão agrícola e pecuária. Em 2022, 11 mil km² foram desmatados na Amazônia Legal.
4.1.3.2. Mineração e Construção de Barragens:
4.1.3.2.1. Sem fiscalização adequada, atividades como as da Vale são grandes causadoras de desastres.
4.1.4. Expansão Urbana:
4.1.4.1. Ocupação irregular em áreas de encosta e várzeas expõe comunidades a riscos de enchentes e deslizamentos.
4.2. Efeitos
4.2.1. Ambientais
4.2.1.1. Contaminação de rios (ex.: metais pesados em Mariana).
4.2.1.2. Perda de biodiversidade em biomas como Pantanal e Amazônia.
4.2.2. Sociais
4.2.2.1. Deslocamento de comunidades: vítimas de Brumadinho ainda vivem em abrigos temporários.
4.2.2.2. Aumento da desigualdade e desemprego em áreas afetadas.
4.2.3. Econômicos
4.2.3.1. Custos bilionários para reconstrução e indenização.
5. 5. Prevenção e Mitigação
5.1. Soluções Sustentáveis
5.1.1. Monitoramento de Riscos
5.1.1.1. Instalação de sistemas de alerta precoce em áreas de barragens e regiões propensas a deslizamentos.
5.2. Reflorestamento e Recuperação
5.2.1. Projetos como a "Regeneração da Mata Atlântica" replantam árvores nativas em áreas desmatadas.
5.3. Educação Ambiental
5.3.1. Inserção de conteúdos sobre sustentabilidade nas escolas para formar novas gerações conscientes.
5.4. Gestão Integrada
5.4.1. Parcerias Globais
5.4.1.1. Participação do Brasil no Acordo de Paris para redução de emissões.
5.4.1.2. Melhoria no Planejamento Urbano
5.4.1.3. Desenvolvimento de cidades resilientes, com infraestrutura adaptada a eventos climáticos extremos.
6. 4. Exemplos Culturais e Conscientização
6.1. Documentários
6.1.1. "Olhar Mariana" 2016 - Youtube / Rede Minas
6.1.1.1. Documenta a destruição causada pelo rompimento da barragem do Fundão, abordando impactos humanos e ambientais.
6.1.1.1.1. https://www.youtube.com/watch?v=RL2kiY55Nm8
6.1.2. "Araguaia: A Conspiração do Silêncio" Youtube 2004
6.1.2.1. Relata impactos de grandes empreendimentos na destruição de florestas e rios.
6.2. Filmes
6.2.1. "Bacurau" 2019 - Globoplay
6.2.1.1. Simboliza a resistência comunitária contra exploração de recursos naturais.
6.2.1.2. https://www.youtube.com/embed/qlheaoLnewE?si=8uqCwEwzR5yXbaZx